Meditação
A meditação já é praticada há muitos anos pelos budistas, entretanto somente nas últimas três décadas iniciou-se sua prática especificamente voltada para a saúde. Desde então começaram a surgir diversos estudos para verificar os reais benefícios da meditação.
Pode ser definida como a forma de treinamento para melhorar capacidades psicológicas, como atenção focada e autoregulação emocional.
Dentre as técnicas, podemos citar algumas que englobam um amplo complexo de famílias tais como mindfulness, mantra, yoga, tai chi, entre outras. E uma delas em específico é a que vem trazendo maiores pesquisas científicas devido aos seus inúmeros benefícios, é a mindfulness.
E o que é Mindfulness?
São técnicas ou práticas, séries de exercícios que treinam as habilidades do estado psicológico. Práticas geralmente derivadas do zen-budismo, yoga e tradição vipassana.
Mindfulness está ligado a atenção plena, a capacidade de auto-regulação de agentes estressores e como eles afetam nossa mente.
E o que isso significa?
É a nossa capacidade de controlar pensamentos que podem nos causar aumento de estresse no dia a dia além de melhorar a capacidade de atenção focada há um objetivo específico.
Desde 1990 a meditação mindfulness vem sendo aplicada para condições de saúde mentais e físicas. Essa prática tem se mostrado eficiente na melhora do estresse, auto-consciênscia, auto controle e atenção focada.
E o que isso Significa?
Na década passada 21 estudos mostraram diferenças nas áreas morfométricas do cérebro em praticantes de meditação.
Alguns estudos mostraram atividade cerebral em várias áreas do cérebro em praticantes experientes em meditação, dentre elas podemos citar:
· Córtex Pré-Frontal: área associada a metaconsciência, podendo ser considerada como algo muito semelhante a intuição, a dedução e a indução;
· Córtex Sensoriais e Ínsula: áreas do cérebro associadas a consciência corporal;
· Hipocampo: área ligada ao processamento da memória
· Córtex singulado anterior, medial e orbitofrontal: áreas conhecidas por regular a auto-emoção;
· Fascículo Longitudinal Superior e Corpo Caloso: áreas envolvidas na comunicação entre o hemisfério direito e esquerdo do cérebro.
Além de tudo isso, as pesquisas também encontraram diferenças nas áreas do cérebro ativadas durante e após a prática de meditação em meditadores experientes comparado a quem estava aprendendo a prática.
Dessa forma, pode-se dizer que, em quem está iniciando, o pensamento fica desordenado e as áreas ativadas no cérebro ficam desorganizadas, conforme a pessoa vai desenvolvendo a técnica adequada de meditação vemos uma melhor organização das áreas ativadas no cérebro.
Podemos ainda citar que os estudos que avaliaram pessoas com apenas uma semana de prática de meditação não encontraram diferenças significativas no estado de alerta e atenção.
Entretanto, em praticantes com mais de 3 meses de experiência verificaram melhoras muito grande nas tarefas que exigiam foco e atenção.
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Benefícios da prática da meditação
Podemos citar vários benefícios, pois são inúmeros, vários estudos já demonstraram os grandes benefícios que a prática da meditação pode nos proporcionar, dentre eles podemos verificar:
Auto-regulação da atenção: Isso seria a capacidade de permanecer focado em coisas presentes e regular a divagação do pensamento por coisas nas quais não temos controle e que ficam passando por nossa cabeça enquanto estamos tentando focar em algo específico.
Redução nos níveis de estresse: melhora a capacidade de se controlar mediante a situações estressantes para que você consiga pensar de forma mais eficaz e resolver problemas de forma mais eficiente.
Monitoramento de conflitos: resolução de conflitos internos mediante diferentes áreas do cérebro, saber executar a ação focada, resolver conflitos considerando diferentes tendências.
Orientação: isso significa melhorar a capacidade de atenção e foco a uma determinada tarefa mesmo mediante diversos estímulos externos.
Estado de Alerta: melhora na preparação para um estímulo eminente, estado de vigília e o tempo capaz de se manter em estado de vigília.
Regulação da emoção: melhora a capacidade para ajustar e influenciar quais emoções surgem e como, quão longa ela se mantém e como essas emoções são experimentadas ou expressadas.
Como iniciar a prática da meditação?
Muitas pessoas têm dificuldade em iniciar, visto que hoje em dia vivemos em um mundo muito dinâmico em que a todo momento temos informações diferentes a nossa frente. A nossa capacidade de prestar atenção focada há uma única coisa tem se reduzido e, com isso, nota-se a redução na produtividade.
Por isso, o início da prática de meditação pode ser difícil, mas tenho certeza que com uma mente aberta e disciplina para praticar você irá alcançar todos os benefícios.
Para iniciar a meditação, comece sentado ou deitado em uma posição confortável, faça respirações profundas tentando se concentrar unicamente na respiração, não deixando o cérebro divagar por pensamentos aleatórios (no começo isso sempre acontece, mas com a prática há uma grande melhora).
Inspire em 4 segundos e expire em 4 segundos, use um timer e tente começar por 3 a 5 minutos a prática. Você verá que logo alcançará inúmeros resultados.
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